(continuação do anterior)
E morreu, aliás bem mais depressa do que eu pensava. Nos dias seguintes comecei a ver e não demorei muito tempo a decidir. E pela primeira vez, optei pelo trend absoluto, aquele que é, agora (não seguramente por muito tempo), considerado o telemóvel melhor e mais bem equipado do mercado. Pimba!, nem mais. Fartei-me de estar na idade da pedra. Passei a pagar a EMEL sem moedas nem ter de ir comer bolos à pressa. Passei a pagar o Pingo Doce em 3mn em vez dos habituais 20mn. Passei a poder ler documentos inteiros como deve ser sem ter de forçar os olhos. Passei a poder mandar imprimir por wireless. Passei a poder usar o Shazam sempre que me apetece saber quem está a tocar (e apetece-me muitas vezes). Passei a poder tirar fotos dignas desse nome. Passei a ter apps, que era coisa que não sabia o que era ter no telefone. Enfim, passei a viver neste tempo em vez de viver no tempo da outra senhora.
E o que eu retiro disto tudo é o seguinte: realmente importa saber cuidar do cliente, importa saber o que ele quer e precisa. Hoje em dia, quem não vê a tendência ou aposta na tendência errada está feito ao bife. Assim como a BlackBerry está feita ao bife (e eu por arrasto, que vou perder a massa que lá pus) porque, na verdade, ao insistir no que já não tinha futuro, tratou mal os seus clientes, aqueles que estiveram dispostos a aguentar anos de isolamento tecnológico em nome de uma fidelidade mal-agradecida. Nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma. Talvez seja assim na física, mas neste caso eu ganhei e muito. E estou, de facto, muito contente.
BlackBerry? Apre!
ps. não, não foi um iPhone 6s...