17.11.15

E depois do massacre


Nós não somos iguais a eles. E eles não são os muçulmanos. Eles são todos os torturadores, todos os violadores, todos os soldados, todos os combatentes, todos os radicais, todos os jihadistas, todos os assassinos, todos que cometem crimes atrozes em nome de uma ideologia seja ela qual for. E a verdade é que os há em todo o lado. Pois que se lixe a ideologia que suporta comportamentos destes, seja ela de cariz, dito, ocidental, seja muçulmana, seja oriental. Seja o que for, onde for, em que circunstâncias for e pelo que for.
A mim o que me perturba é ver patetas dizerem absolutas barbaridades sobre a cultura muçulmana, tomando a nuvem por Juno, como se das duas uma: ou fossem quase todos criminosos desta estirpe ou a sua religião defendesse estes actos. Gostaria muito, talvez com alguma (muita?) ingenuidade, de pensar que o mundo muçulmano responsável, amante da paz e congregador conseguirá passar a mensagem certa por forma a evitar estigmas e ódios dispensáveis e geradores de guerras. Em guerra já nós estamos, mas quanto menos forem os inimigos melhor.