29.10.15
É ao cruzar-me contigo, sempre, permanentemente, que vejo e sinto o quanto te amo, te quero, o quanto preciso de ti para me manter são nesta vida tão louca e passageira. É ao queimar-me no teu sol, ao sentir a tua areia, ao molhar-me na tua água, ao trincar as tuas rochas, ao viver a tua impermanência que percebo finalmente o quanto me fundo contigo, mesmo que seja fugaz o tempo que estamos juntos. Tu aí, eu aqui, em cada dia que passa num arrastamento compulsivo e com doses cada vez menores de oxigénio até à próxima inspiração de ti, seja lá isso quando for. Talvez para o ano, talvez daqui a pouco tempo. Sei lá eu.
Sei lá eu.
É pouco, demasiadamente pouco, o tempo que temos estado desde que, já lá vai uma vida, nos conhecemos, tu e eu, sem dar quase sequer para nos sentirmos e percebermos se é aí nesse novo espaço-tempo que viveremos o resto dos meus dias. Sim, dos meus dias, porque os teus permanecerão eternos, pelo menos tão eternos quanto o foram até aqui.
Amo-te com a força de saber que fazes parte de mim sempre e cada dia mais. Tenho saudades tuas e não vejo a hora de voltar a ver-te com os meus olhos e a sorver o ar que te envolve.