10.9.16
Deamblogações vespertinas
A mim, francamente e não sem, porventura, algum exagero, dá-me nojo ver declarações como as proferidas ontem por Dijsselbloem sobre a Grécia a propósito da cimeira dos países do sul da Europa que, já agora, é bem vinda e faz todo o sentido: "O Verão acabou. Precisamos de progresso, É altura de arrumar o material de campismo".
Como quem diz: "demos-vos 1 ou 2 meses de tréguas para gozarem à vontade o vosso "way of do it", mas agora meus amigos, é hora de acabarem com essa merda e voltarem à merda que é esta Europa do norte, e pagar o que devem e que não é pouco, vocês que já vão na terceira negociação com os credores e no terceiro programa de assistência. Vocês que são uns atrasados de uns incumpridores, bem ao jeito dos países do sul da Europa, esta mistela entre Europa e África que não devia fazer parte deste bloco avançado e progressista que é a Europa."
Eu - e também francamente - estou-me nas tintas neste caso para quem é o devedor e o que o fez ser devedor. Há mínimos de boa educação, para não dizer mais. Este espírito do senhor Dijsselbloem (este copy/paste vem de longe porque o nome desta personagem de terror é impronunciável e impossível de escrever de cabeça) é assassino de um - alguma vez eventualmente existente - espírito europeu, em que alguns deviam dar apoios a outros. Sim, o espírito dos (estafados) Jean Monnet e do Schumann, esses personagens exotéricos que queriam, a par com o desenvolvimento económico, uma integração baseada na inter-dependência e inter-ajuda. Sim, esses que começaram isto tudo...
Esta Europa é sinistra porque sinistro é o espírito dos que a lideram.
Uma tristeza.
Ó Dijsselbloem (mais um copy/paste...) vai pró bôda. A sério. É sempre a direito e nem dás por isso.
