29.3.16

Escritos


À ida para Sul, demos boleia a uma holandesa e a um italiano, ambos estudantes em Lisboa, que iam para Albufeira, daí seguindo para Sevilha. Estavam há 3 horas na bomba de gasolina com uma placa a dizer "SUL", sem que alguém lhes ligasse. Típico. Embora tenhamos dito que só podíamos deixá-los a meio do caminho, aproveitaram de bom grado a boleia, nem que fosse porque andariam mais uns quilómetros e descansariam um pouco mais. Durante a viagem falámos das experiências deles em Portugal, do bom e do mau, e do futuro que passará pelas vidas de cada um deles a breve trecho: ela regressará em Abril a Amsterdão e ele no final do ano lectivo a Génova. Pelo meio, parámos na A2 e saímos do carro por causa de um acidente pouco à frente que tinha levado ao incêndio do carro envolvido, falámos de diferenças culturais e de expressões idiomáticas e ouvimos Cazuza e o seu eterno "Burguesia".
No final, despedimo-nos com um valente abraço, não sem antes deixarmos o nosso número de telefone, não fossem eles precisar de pernoitar se não conseguissem chegar ao destino final. Ainda perguntámos quando tencionavam chegar a Sevilha, mas eles responderam, compreensivelmente, que não sabiam... E que bom que é não saber o que não tem de se saber.