Ao cabo de 10 anos, voltei a vestir o meu quimono e o hakama e fui para cima do tapete, numa homenagem ao meu professor de sempre, com quem muito aprendi e de quem me lembro muitas vezes nas mais variadas ocasiões.
No meio de uma demonstração, falava o meu professor da relação entre a consciência e a técnica, tendo a certa altura dito uma frase que ficou a ecoar no meu espírito e que, de facto, revela que existem pessoas com uma profundidade de pensamento muito acima da média: "Não há, na prática [do Aikido] lugar para a frustração. Tudo é admitido porque bom e mau são parte integrante da vida".
Aquilo foi dito muito para lá do caso concreto porque se estava precisamente a falar da consciência e da vida.
É que é isso mesmo: não há lugar para a frustração. Tão simples quanto extraordinário.