3.1.14
Deamblogações vespertinas
Não gosto de Schumacher, nem nunca gostei. Lembro-me como se fosse hoje da celebração da vitória no dia em que morreu um dos meus heróis de sempre, Ayrton Senna, num fim de semana marcado também pela morte de Ratzinger. Schumacher, indiferente a isso, indiferente ao facto de terem morrido duas pessoas pouco tempo antes, demonstrou publicamente contentamento. Bastou isso para que eu nunca mais conseguisse sequer olhar para ele. Sempre torci para que tudo o que, desportivamente, pudesse correr-lhe mal, acontecesse. Despistes, batidas, furos, falsas partidas, faltas de gasolina, tudo.
Como é evidente, não gostei de saber o que lhe aconteceu e sigo com moderado interesse a evolução do seu estado de saúde. Mas continuo a não gostar dele. Sempre foi convencido, demonstrando uma arrogância desafiadora. Sete títulos falam por si? Talvez. Seguramente que dizem que foi um piloto absolutamente excepcional. Mas, para mim, os três do Senna são muito mais demonstrativos do seu génio do que aqueles sete da competência do alemão como piloto.