Gosto de Vasco Pulido Valente. Gosto da sua forma profundamente cínica de comentar e de ler os factos da vida. É um género que se cultiva e ele, como ninguém, tem-no cultivado ao longo da vida com imensa sabedoria e erudição. Claro que, como todas as coisas da vida, tem um lado menos bom que, no seu caso, é o de perder credibilidade e eco na opinião pública porque "é sempre a mesma coisa", "não vira a cassete" e coisas do tipo. Não interessa, gosto dele.
Hoje na crónica habitual do Público, começa com uma frase que acho absolutamente esmagadora e bem ilustrativa do que refiro acima. Diz assim: "[l]evantada a pesada histeria do futebol, em que abafámos durante quinze dias, talvez se possa voltar a pensar neste pobre país, que nos deu a sardinha assada e o Sr. Seguro.".
Extraordinário.