14.2.08

Deamblogações matinais

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JPP diz no Abrupto:
"Isto está de cortar à faca. É um pouco inevitável com a conjugação de três coisas em sequência: um pano de fundo de crise económica e social grave, que gera uma peculiar sensibilidade a questões como a corrupção, e, como na política não há alternativas, tudo desagua num ambiente pastoso, irritado e sem esperança. Hoje, num supermercado, um homem disse-me: "vai haver uma explosão". Sei lá, alguma coisa vai haver. Não menosprezem os sinais."

Eu digo:
Ainda não percebi se é um estado de espírito colectivo ou apenas de quem vive nas grandes cidades, na primeira linha da crise. Porque se é verdade que é nas grandes cidades que se tem acesso a todos os confortos da vida moderna, também é nelas que se sofre em primeiro lugar com as crises estruturais e conjunturais que vão vindo e indo.
Portugal parece uma daquelas máquinas que estão em falso funcionamento: trabalham em seco, mais cedo ou mais tarde começarão a deitar fumo e acabam por queimar o motor. Resta saber se a seguir à queima há fogo ou não.
Brandos costumes, brandos costumes, mas começa-se a falar demasiado em golpes, tomadas de decisão e outros que tais...