Uma seita refugia-se num buraco algures na Rússia. Entre os barricados, que ameaçam cometer suicídio colectivo se alguém tentar lá entrar, há crianças. Inofensivas, presume-se, como se presumem ser todas as crianças.
Há uns anos nos EUA, o líder de uma seita levou dezenas de pessoas a cometerem suicídio, também aí se encontrando crianças.
É a mais pura cobardia que uns tipos que acham que são donos da verdade - ainda que estejam loucos, aliás, só podem estar loucos - levem crianças consigo numa diatribe que invariavelmente acaba mal, leia-se, com a morte de toda a gente. Eles sabem que se elas lá não estivessem, as autoridades provavelmente tentariam salvá-los. Mas assim, sabem que isso não acontece e fazem uma chantagem nojenta e cobarde. São insanos, mas para esse tipo de reflexão já têm capacidade de raciocínio.
Curiosamente, como, de resto, sucede bastas vezes neste tipo de acontecimento, o líder não está com eles. Pudera. Provavelmente pensa que o fim do mundo está aí a chegar, mas é melhor não arriscar tão cedo, porque enquanto o pau vem e vai, folgam as costas...