Não consigo esconder o desencanto pela escolha entre Marques Mendes e Luís Filipe Meneses. Se o segunto é populista, o primeiro é basista. Se o primeiro é aparelhista, o segundo tenta ser (sem o conseguir) uma espécie de aristocrata da política.
De todo o modo, nunhum deles convence, nenhum deles chega ao eleitorado. Ao verdadeiro eleitorado, que não é aquele que vai votar nestas eleições internas, mas sim o que vota nas legislativas. Ora, com qualquer destes candidatos como futuro líder do PSD (mais com Meneses do que com Mendes), há muito desse eleitorado que vai abster-se e outro tanto que vai votar PS.
A encruzilhada do PSD é gigantesca e com o passar do tempo se torna num nó górdio cada vez maior.