Se Paulo Portas e a sua pandilha de amigos tomarem o poder no PP e este sobreviver como partido, ou seja, obtiver resultados significativos nas próximas eleições, fica comprovado que o eleitorado português - e, assim, os próprios portugueses - se está nas tintas para a ética não só política, como pessoal, entendida esta como um conjunto de valores que deve nortear o comportamento das pessoas nas suas próprias vidas.
O que tem acontecido, independentemente da "esmagadora maioria" dos conselheiros nacionais que votaram as directas, é uma vergonha. Bem faz Maria José Nogueira Pinto em dizer que abandona um partido com o qual já não se identifica. A questão que fica e que subjaz sempre nestas situações é se existe um imperativo categórico no sentido de ficar para quem acredita que tem um dever a cumprir, ou se, pelo contrário, está tudo dito e feito e o que resta é bater com a porta. Confesso que não sei.