É um facto que a leitura - já pouca - está a dar lugar a outros hábitos como a televisão, cinema, etc., etc..
Um desses novos hábitos não decorre, porém, de um "pecado" de quem está a perder hábitos de leitura porque os tem demasiado fracos ou porque simplesmente não se interessa. Decorre, sim, da evolução das "novas tecnologias" (que começam a já não ser tão novas quanto isso). Por exemplo, o mp3, em especial o iPod e os audiobooks, que substituem clara e deliberadamente os livros por audio dos respectivos textos. Há alguns meses, li uma entrevista de um responsável da Microsoft, por sinal português, que vive nos EUA, e que dizia que um dos hábitos que tinha era a audição (estranho...) de livros no carro através do seu iPod, enquanto conduzia para casa ao final da tarde.
Nesta senda o Economist desenvolveu a sua "audio edition", que pura e simplesmente transforma os habituais textos da revista em som.
Não sei se é bom se é mau. Ainda não consegui perceber, mas inclino-me para pensar que tenho que lutar contra essa evolução, sob pena de começar inexoravelmente a perder um dos hábitos de que tanto gosto. A bem da evolução.